sábado, 13 de agosto de 2011

Diário de um doidaralhaço


Em delírio, corro à janela e solto um grito lancinante, de besta-fera.
Você me observa, pressentindo minha morte.
Não há qualquer esperança.
A loucura é o preço a pagar, o fim do caminho, descontrole total.
Minha sanidade se esvai entre meus trapos, meu sangue, meus restos.
Meu cérebro parece uma gelatina estragada. Não há mais nada ali.
Caminho pela estrada da demência, sem parada nem recuo.
Paradoxalmente, não saio do lugar.
Paranóico, transtornado, ouço vozes me chamando, e sou eu mesmo.
Mente e espírito doentes. Olho para o espelho, não vejo meu reflexo. Ele mente.
Vejo, através de meus olhos, outra pessoa.
Não sei se essa pessoa ficará em mim ou partirá. Se partir, é a morte?
Mais e mais vozes, a escuridão, o silêncio, a solidão, os impropérios a mim direcionados, sem que eu saiba de ondem veem.
Como eu me salvo de mim mesmo? Quem pode me ajudar?
Inimigos nas páginas dos jornais. O ciclo se fecha e se reinicia. Tudo outra vez, os delírios, os gritos, as vozes, quero fugir, quero deixar...

Um pequeno passeio por dentro da alma, baseado na letra da música Diary of a Madman, do Homem Louco Ozzy Osbourne, dono da voz mais maníaca da história do rock´n´roll.


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